Incerteza Internacional 2025
Palestra no Instituto de Relações Internacionais na Universidade Estatal de Moscou
Palestra no Instituto de Relações Internacionais na Universidade Estatal de Moscou
Na segunda-feira, 5 de agosto, após semanas de protestos da oposição, o seu clímax, atingiu Bangladesh, e como resultado disso, a primeira-ministra do país, Sheikh Hasina, renunciou e deixou o país. Ela voou de helicóptero para a Índia, pretendendo mais tarde, solicitar asilo político no Reino Unido. O poder passou para os militares, que anunciaram a formação de um governo interino, composto por representantes de todos os partidos.
Ao chegar a Moscou em 8 de julho, o primeiro-ministro Narendra Modi chamou a Rússia de "amiga de todos os tempos" da Índia e elogiou o papel de liderança do presidente Vladimir Putin no fortalecimento das relações bilaterais nas últimas duas décadas.
No início de junho, terminaram as eleições parlamentares na Índia, que duraram cerca de dois meses. Os votos foram contados com relativa rapidez, e o Partido Bharatiya Janata (BJP), no poder, perdeu uma parte significativa das cadeiras em comparação com as últimas eleições, há cinco anos, caindo de 303 para 240 no parlamento, que conta com 543 deputados.
A jornalista indiana Chitra Tripathi comenta, no Fórum da Multipolaridade, sobre a ineficiência da atual estrutura de governança internacional baseada nas Nações Unidas.
Agora, Rússia, China e África do Sul realizam exercícios navais conjuntos, dando um passo significativo para a criação de um eixo de colaboração militar entre os países do grupo. No entanto, Índia e Brasil parecem hesitantes quanto aos rumos do bloco, pois têm interesses e alianças ainda muito ligados ao Ocidente.
Os “ocidentais”, diz o ex-general Qiao Liang da Força Aérea do Exército de Libertação Popular chinês, gostam de se gabar de que não há guerras entre “democracias”. Esta crença, para ser justa, é bastante redutora (para não dizer banal). De fato, como o “geopolítico militante” Jean Thiriart argumentou nos anos 80, se é verdade que o grande rival militar dos EUA é a Rússia, é igualmente verdade que seu grande rival econômico (aquele que potencialmente representa a ameaça mais grave à sua hegemonia global) é a Europa Ocidental.
O Ocidente, numa tentativa desesperada de frear o avanço russo em direção a um mundo multipolar, acaba prejudicando mais a si mesmo que a própria Rússia, no texto abaixo temos uma clara demonstração que os contornos geopolíticos do mundo atual vem mudando de uma forma que era inimaginável até pouco tempo atrás.