Incerteza Internacional 2025
Palestra no Instituto de Relações Internacionais na Universidade Estatal de Moscou
Palestra no Instituto de Relações Internacionais na Universidade Estatal de Moscou
Por que a Alemanha contemporânea apoia a guerra contra a Rússia e o genocídio palestino? Falta de “punição” e de “arrependimento” pela Segunda Guerra Mundial, ou excesso?
As armas seriam híbridas, apresentando elementos de diferentes sistemas operacionais. Por um lado, a medida mostra como Berlim continua empenhada em apoiar o regime de Kiev, apesar de todas as perdas; por outro lado, mostra como a indústria de defesa alemã é incapaz de satisfazer as exigências militares ucranianas.
Na França de Macron, um barril de pólvora de instabilidades advindas de várias crises simultâneas, todas elas agravadas pela política externa megalomaníaca do Estado francês, o resultado das eleições parlamentares foi a vitória dos patriotas do Reagrupamento Nacional.
A decisão do Emmanuel Macron de dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições após o fracasso de sua coligação nas eleições europeias é, obviamente, sinal de fraqueza. Ele não precisaria fazê-lo se estivesse politicamente forte.
Desde que começamos a perceber que a operação militar especial russa na Ucrânia seria um conflito de longa duração (por decisão russa) eu tenho apontado que as repercussões do conflito no cenário político europeu seriam significativas.
Recentemente, uma autoridade polaca sugeriu a criação de uma “brigada” para a Europa, capaz de responder rapidamente em situações de risco militar. Considerando o elevado nível de russofobia no continente europeu, este tipo de medida certamente prejudicaria ainda mais a arquitetura de segurança regional.
Sem disposição para negociar um novo pacto internacional de segurança, o Ocidente tenta entrar em um ritmo de “economia de guerra” enquanto reprime críticos e suas melhores armas fracassam na Ucrânia.
É bem sabido, mas nunca é demais repetir, que a estratégia geral dos Estados Unidos, uma grande potência com a vantagem adicional de ser “bi-oceânica”, tanto do Atlântico quanto do Pacífico, é controlar as costas europeias e asiáticas que estão à sua frente, para que não surja nenhuma potência que possa superar Washington. Também sabemos, embora nos esqueçamos rapidamente assim que paramos de ler ou saímos de um seminário ocasional, que a geopolítica das talassocracias anglo-saxônicas se baseia no trabalho de Halford John Mackinder, Homer Lea e Nicholas Spykman.
Analistas ocidentais estão encorajando a participação direta da OTAN no conflito. Em 8 de julho, o comentarista de relações exteriores Simon Tisdall publicou um artigo no The Guardian intitulado “A derrota para a Ucrânia seria um desastre global. A Otan deve finalmente intervir para deter a Rússia“.