Precisamos de um Grande Estado Continenta
A adesão da Bielorrússia à Rússia (especialmente em seu estado atual) não é uma opção. Nem para os bielorrussos, nem para Lukashenko, nem para Putin. Todos precisam, se não o Ocidente (e este definitivamente não é o Ocidente), de algo novo – com futuro, com esperança, com significado, com horizonte. A melhor coisa é um Estado radicalmente novo – a União Continental. Com uma ideia, com a justiça, com a vida, com o espírito e o triunfo do elemento nacional. E a Ucrânia deveria ser convidada a ele – não para entrar na Rússia com suas monstruosas elites, oligarcas e canalhas, mas para criar um novo Estado – baseado nas três identidades russas: Rus de Kiev, Rus de Polotsk e Rússia Moscovita de Vladimir. A dimensão euro-asiática acrescentará o Cazaquistão e o resto dos países e povos continentais que assim quiserem.
Você dirá que isso é uma utopia impossível, sonhos, fantasias. As utopias se tornam realidade. A fantasia é a vida da humanidade.
Mas se não o fizermos, todos nós continuaremos a deslizar para um beco sem saída. Afinal, hoje não é só Lukashenko e toda a Bielorrússia que estão em um impasse. Não estamos nós mesmos em um impasse!? E Kiev!? Francamente falando, ninguém sabe o que fazer a seguir. Ficou claro para todos (exceto para inimigos e traidores) que o Ocidente não é a saída. Mas o status quo também não é a saída, senão um adiamento temporário da decisão. Afinal de contas, nenhum de nós – nem Minsk, nem Moscou, nem Kiev – possui a imagem de nosso próprio futuro ou de como ele deveria ser. Portanto, temos que imaginá-lo e avançar em direção à sua encarnação.
Estamos obviamente vivendo em uma época de catástrofes. Não temos tempo para longas reflexões. Precisamos de um Grande Estado Continental – com um núcleo russo (no sentido amplo do termo: Rússia Branca – Belarus -, Pequena – Ucrânia – e Grande – Moscou).