Crowdstrike: Uma Subsidiária do Deep State
O "apagão", consistente em uma tela azul que impossibilita o uso do sistema, afetou as máquinas com sistema operacional da Microsoft que dispõe dos serviços de nuvem da Crowdstrike, uma importante empresa de cibersegurança. Aeroportos, hospitais, bancos, lojas e vários outros tipos de instalações pararam de funcionar.
Segundo a versão oficial, fornecida pelo próprio CEO da Crowdstrike, George Kurtz, tudo não passou de uma atualização defeituosa que as máquinas conectadas à internet acabaram baixando e sofrendo com o problema em questão. Segundo Kurtz definitivamente não teria sido um "ciberataque", uma negativa que, sinceramente, é de se esperar já que se trata de uma das maiores empresas de cibersegurança do mundo.
Mas independentemente das causas, o que chama a atenção é que a Crowdstrike não é bem uma empresa privada qualquer, mas basicamente um braço terceirizado do Deep State.
Para constatar isso basta analisar o histórico e conexões da empresa e dos seus principais agentes.
George Kurtz e Dmitri Alperovich, fundadores da Crowdstrike, eram ambos funcionários da McAfee quando romperam com John McAfee em 2011, supostamente por considerar que a McAfee não estava evoluindo suficientemente rápido para lidar com as novas ameaças, mas a realidade pode ser um pouco diferente.
Em 2010, ambos participaram de operações de ciberguerra, a "Operação Aurora", a "Operação Night Dragon" e a "Operação Shady Rat", que dificilmente foram feitas sem solicitação e coordenação com agências de inteligência dos EUA, como o FBI.
Nessas operações, a "investigação" conduzida por Kurtz e Alperovich "concluiu" que as várias ondas de ciberataques sofridas por uma miríade de países, empresas e organismos internacionais entre 2006 e 2011 haviam sido direcionadas por atores chineses ligados ao Exército Popular de Libertação da China.
Nesse sentido, o trabalho de ambos provavelmente convenceu certas pessoas poderosas de seu potencial, o qual talvez fosse melhor aproveitado em uma empresa só sua, e não através da McAfee.
Quanto a John McAfee, é sempre necessário recordar que o mesmo afirmava, em seus últimos anos, ter tido backdoors em sistemas do governo estadunidense que lhe permitiram espionar atividades governamentais. Curiosamente, já a partir de 2012 começa a sua via crucis judicial, que culminaria com a sua morte "por suicídio" em uma prisão espanhola em 2021. 2 anos antes ele havia dito, em uma conta no twitter, que se ele aparecesse morto certamente não seria por suicídio.
Anunciando a nova empresa já no início de 2012, começando já com um investimento de 25 milhões de dólares da firma Warburg Pincus, e começando as suas operações com vários "ex"-funcionários do FBI, como Shawn Henry, pra dirigir uma subsidiária da CrowdStrike, e Steve Chabinsky, que esteve na divisão de crimes cibernéticos do FBI.
A partir de então, a Crowdstrike se destacou principalmente por "serviços" prestados às agências de inteligência dos EUA. Todas elas "identificando" espiões russos e chineses que estariam sempre hackeando empresas dos EUA. Em 2015, por exemplo, pouco depois de uma pequena aproximação entre EUA e China, com Xi Jinping e Barack Obama prometendo que combateriam ações de hackers, a Crowdstrike anunciou que teria "descoberto" hackers chineses atacando empresas estadunidenses.
Enquanto isso, por volta de 2015, a Crowdstrike já estava recebendo 100 milhões de dólares da Google Capital, e em 2017 já contava com mais de 250 milhões de dólares da Warburg, Google Capital e outros investidores.
Agora, antes de ir ao principal motivo pelo qual a Crowdstrike é conhecida, é importante pontuar mais algumas coisas.
Hoje, a Crowdstrike é de propriedade principalmente da Blackrock, Vanguard e MorganStanley. E ela, por sua vez, fez uma série de outras aquisições de empresas de cibersegurança de todo o mundo, as mais recentes sendo algumas aquisições bilionárias de empresas israelenses, como a Bionic e a Flow Security.
Enquanto isso, Alperovich, ao longo dos últimos anos, atuou como assessor do Departamento de Defesa, assessor no Departamento de Segurança Nacional, e parte de uma assessoria de cibersegurança do Presidente Biden.
Mas a Crowdstrike é mais famosa por seu envolvimento profundo em todos os escândalos envolvendo o Partido Democrata, as eleições estadunidenses de 2016 e 2020 e uma suposta narrativa de "interferência russa" nas eleições.
Tomemos como exemplo a narrativa do hackeamento dos e-mails de Hillary Clinton e seu círculo de apoiadores entre 2015-2016, quando e-mails teriam sido hackeados e repassados a Julian Assange para divulgação pelo Wikileaks. A única análise forense dos computadores e e-mails foi feita pela própria Crowdstrike, contratada pelo Partido Democrata. O FBI solicitou acesso oficialmente, mas não recebeu.
Também foi a Crowdstrike a única fonte para a narrativa da manipulação das eleições dos EUA pela Rússia ou de conexões impróprias de Trump com a Rússia.
Mais recentemente, o Alperovich abriu um laboratório de ideias dedicado a construir políticas públicas para apoiar os EUA em desafios de cibersegurança contra seus adversários geopolíticos - o que, sem eufemismos, significa um laboratório de ideias dedicado à ciberguerra. Como se já não tivessem suficientes conexões com o Deep State, um dos membros dadiretoria desse think-tank é o ex-diretor da CIA David Petraeus.
São indícios demais para que se possa negar que a Crowdstrike é, certamente, um aparato terceirizado das operações de guerra híbrida dirigidos pelos braços de inteligência do Deep State dos EUA.
Isso obviamente abre um novo leque de possibilidades sobre o que realmente pode ter acontecido nesse apagão cibernético.