Reflexão Geral sobre o 11 de Setembro

17.09.2024
O 11 de Setembro, independentemente do que se pense sobre os fatos propriamente ditos dos atentados, representou um marco para a história da decadência dos EUA e do esgotamento da unipolaridade.

Nessa semana recordou-se a tragédia do World Trade Center, ocorrida em 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque, quando 19 terroristas da Al-Qaeda teriam sequestrado 4 aviões para lançá-los sobre prédios notórios dos EUA – de modo que segundo a narrativa oficial, 2 teriam atingido o WTC, 1 teria atingido o Pentágono e 1 teria sido abatido antes de atingir qualquer alvo.

Após este evento, que abalou a esfera pública estadunidense e espantou o mundo, os EUA rapidamente declararam “guerra ao terror”, iniciando uma campanha interminável de bombardeios, intervenções e assassinatos em todo o mundo ao arrepio do Direito Internacional.

No plano interno, os EUA impuseram o “Patriot Act”, um conjunto de medidas de exceção de teor securitário que encaminharam o país irrevogavelmente na direção de se tornar um Estado policial de vigilância permanente e espionagem generalizada.

Sobre o sentido geral dessa data, a coisa mais notável é que o evento representou um marco geopolítico relevante. Expressão acabada da unipolaridade, em que na ausência de um inimigo geopolítico concreto foi necessário inventar um inimigo geopolítico abstrato, a “Guerra ao Terror” foi um dos fios condutores da decadência dos EUA no plano internacional.

A ideia de uma “guerra contra o terror” faz tanto sentido na concepção clássica da guerra quanto a ideia de uma “guerra contra o ódio”, “guerra contra o medo”, ou qualquer coisa do tipo. Quando se declara guerra contra uma figura abstrata genérica o que se deseja aí é uma carta branca para desafiar as fronteiras rígidas que distinguem a guerra e a paz.

Sob a desculpa de se estar enfrentando uma “ameaça assimétrica”, os EUA começam também a relativizar com uma frequência alucinante as normas básicas do Direito Internacional. Os seus engajamentos se multiplicam. Do Afeganistão vão ao Iraque, sem sair do Afeganistão, e vão também aos países do Chifre da África e do Sahel, à Líbia, à Síria e a várias outras partes do mundo, seja de forma direta ou indireta.

Tudo isso enquanto a economia dos EUA alternava entre crises e estagnação, o tecido moral e cultural do país se diluía, a sociedade se polarizava e perdia confiança no “Sonho Americano”. No exterior, a realidade é que o capital político internacional dos EUA no pós-EUA era o mais alto de sua história, mas a boa-fé das nações do mundo rapidamente começou a azedar, já a partir da invasão injustificada do Iraque.

Nesse sentido, o 11 de Setembro desempenhará um papel em qualquer relato histórico completo da transição da unipolaridade para a multipolaridade, na medida em que a arrogante hiperpotência planetária, tomada pela húbris, tentou engolir o planeta inteiro e começou a agonizar de indigestão.

Quanto ao evento em si, no que concerne seus detalhes, há ainda muitas suspeitas cercando as explicações oficiais. Nas teorias alternativas há várias opções, mas eu preferirei, a título de argumentação e por razões de prudência, ficar com as mais “modestas”.

A Al-Qaeda sempre foi, pelo menos parcialmente, um ativo de inteligência estrangeira. A realidade é que a maioria dos grupos terroristas tem os seus agentes duplos e triplos e os seus infiltrados. O Mossad, por exemplo, já infiltrou agentes em diversos grupos antes.

Menciono aqui o Mossad porque é curioso como o evento do 11 de Setembro e suas consequências acabou casando perfeitamente com o Plano Oded Yinon, o projeto de desestabilização dos países árabes do Oriente Médio e Norte da África para o benefício do expansionismo sionista.

Segundo o General Wesley Clark, em novembro de 2001 já havia um plano pronto na Casa Branca para a invasão de 7 países: Iraque, Síria, Líbano, Irã, Líbia, Somália e Sudão. 2 meses não é tempo suficiente para preparar um plano tão ambicioso assim. De modo que o plano já estava, pelo menos parcialmente, pronto, na mesa de alguém, antes do 11 de Setembro.

De resto, nunca se deve deixar de recordar que semanas antes do 11 de Setembro o WTC foi adquirido por Larry Silverstein, que renegociou o seguro e que logo ganharia uma grande soma após o atentado. Existe também o relato dos “israelenses dançantes”, pertencentes a uma empresa de mudanças, que estavam filmando o horizonte e que começaram a comemorar quando os prédios colapsaram. Eles foram detidos pelo FBI e rapidamente liberados. Há ainda o caso do WTC-7, cuja misteriosa queda exige um alto grau de suspensão de descrença para que acreditemos na narrativa oficial.

A minha conclusão “mínima” é muito simples: a inteligência israelense soube de antemão da preparação desse ataque, e atuou para garantir que ele teria sucesso por quaisquer meios necessários, com a colaboração de setores da inteligência estadunidense, para que os EUA tivessem um casus belli para implementarem por conta própria o Plano Oded Yinon para o benefício de Israel.

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