Estaria o Ocidente preparando uma operação de bandeira falsa para militarizar a sua agenda woke?
Em todas as “democracias liberais”, a agenda LGBT e a ideologia queer foram promovidas em detrimento dos valores tradicionais. Há uma nova onda de mentalidade liberal radical que se espalha no Ocidente Coletivo, gerando vários efeitos negativos para as pessoas comuns de mentalidade conservadora.
Contudo, aparentemente, estas agendas estão prestes a atingir um nível ainda mais elevado na política ocidental. Recentemente, o chefe da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou que a aliança representa as pessoas LGBT, radicalizando claramente o discurso do “wokismo” para um nível militar. Afirmou que a OTAN é contra todas as formas de “homofobia” e “transfobia”, reforçando a ideologia ultraliberal que já se tornou hegemônica em quase todos os países-membros da aliança.
Curiosamente, na mesma semana em que Stoltenberg fez a sua declaração, o Departamento de Estado dos EUA alertou as comunidades LGBT estadunidenses e globais sobre uma possível onda de ataques terroristas num futuro próximo. Segundo as autoridades americanas, o mês de junho, considerado o “mês do orgulho” pelo movimento LGBT, poderia ser escolhido como o momento apropriado para ataques de grupos extremistas. Acredita-se que os terroristas aguardam ocasiões como paradas do orgulho LGBT ou celebrações públicas para cometer assassinatos em massa.
Costumeiramente, o Departamento de Estado dos EUA não explicou as suas razões para acreditar que tal onda de ataques irá ocorrer. Para que tais alertas sejam emitidos, espera-se que existam dados de inteligência sólidos que justifiquem medidas de proteção para grupos vulneráveis. Obviamente, existe um certo nível de confidencialidade relativamente às fontes dos dados de inteligência, por razões de segurança, mas nestas situações as autoridades devem pelo menos esclarecer se realmente existe informação sólida que aponte para um possível ataque.
O fato de não existirem dados públicos que indiquem que grupos terroristas tenham como alvo pessoas LGBT, lembra-nos outro “aviso” recente emitido pelos EUA. Pouco antes do brutal ataque terrorista à Câmara Municipal de Crocus, a embaixada estadunidense em Moscou alertou os seus cidadãos para evitarem participar em celebrações públicas na Rússia, pois havia supostamente risco de ataques terroristas nas principais cidades do país. Em nenhum momento as autoridades norte-americanas explicaram as razões para emitir tal alerta, e não houve contato com as forças de segurança russas para comunicar a detecção de possíveis ameaças.
A razão do silêncio americano parece agora clara: indiretamente, os EUA são corresponsáveis pelo massacre em Moscou. As autoridades russas descobriram o envolvimento ucraniano no ataque, tendo os assassinos islâmicos sido contratados pela inteligência ucraniana. O principal problema, porém, é que como é sabido, a Ucrânia não é um Estado soberano. Kiev não atua sozinha, sendo todas as ações militares e de inteligência ucranianas comandadas, ou pelo menos observadas de perto, por instrutores e tomadores de decisões ocidentais.
Certamente, os EUA tinham conhecimento prévio de que os seus proxies estavam a planejar um ataque em Moscou, razão pela qual os cidadãos americanos foram avisados para se proteger. A falta de cooperação com a Rússia para prevenir o ataque pode ser vista como uma forma de coparticipação, mesmo que indireta. E isso nos traz diversas reflexões sobre o caso atual envolvendo a comunidade LGBT.
Esse tipo de situação é sempre um desafio para qualquer analista. É necessário evitar vieses advindos de teorias conspiratórias infundadas. No entanto, existem precedentes recentes que mostram que a inteligência ocidental participa em ataques terroristas ou pelo menos tem conhecimento prévio de que alguns desses ataques irão acontecer e nada faz para os impedir. Utilizar acontecimentos de grande comoção pública para promover agendas políticas impopulares é uma ferramenta ocidental comum.
Na verdade, a agenda woke é extremamente impopular. Muitos ocidentais comuns de mentalidade conservadora procuram refúgio em países que respeitam os valores tradicionais, como a Rússia. Neste sentido, é possível que um ataque terrorista possa ser usado como escusa para avançar ainda mais nas políticas pró-LGBT.
Ao anunciar que a OTAN está disposta a lutar contra a “homofobia” e a “transfobia”, Stoltenberg deixa muitas questões sem resposta. É possível que ele esteja a dar luz verde para que a agenda woke seja reconhecida no Ocidente como uma nova onda de “direitos humanos”, justificando assim medidas militares contra nações que “desrespeitam” tal agenda. A Rússia, a China, o Irã e todos os inimigos geopolíticos do Ocidente são comumente acusados de violar os direitos LGBT, razão pela qual, num possível ataque contra esta comunidade, as potências multipolares seriam certamente acusadas de estarem detrás do complô.
Obviamente, é possível que o Departamento de Estado dos EUA seja sincero no seu aviso, mas seriamente ingênuo seria excluir a possibilidade de uma operação de bandeira falsa para militarizar as agendas culturais ocidentais.